quarta-feira, 10 de junho de 2009

Nº35: Ricardo Roberto Barreto da Rocha


  • Ricardo Roberto Barreto da Rocha.
  • Defesa Central.
  • Nasceu a 11 de Setembro de 1962 no Recife (Brasil).
  • Títulos no Sporting: Nada a assinalar.
  • 42 Internacionalizações pelo Brasil.

O Ricardo Rocha foi um central brasileiro que passou pouco tempo no Sporting, por vir em trânsito para Madrid, mas que nesse pouco tempo demonstrou toda a sua qualidade. Jogador que fazia da marcação forte e da sua grande capacidade de liderança as suas forças, acabou por deixar saudades. De referir que era apelidado de Xerife, devido à já referida capacidade de liderança.






Começou a sua carreira profissional no Santo Amaro e, em 1983 mudou-se para o Santa Cruz onde ficou 2 anos e ganhou o Campeonato Pernambucano. Aí ainda actuava a defesa direito. Daí passou para o Guarani onde se tornou o Xerife do centro da defesa. Fez 62 jogos e marcou 1 golo em 3 anos e meio, chegando à selecção brasileira onde se estreou em 1987.
Foi a 19 de Maio em Wembley, no empate 1-1 com a Inglaterra. O Brasil de Carlos Alberto Silva alinhou com: Carlos; Josimar, Geraldão, Ricardo Rocha e Nelsinho; Douglas, Silas (Dunga, 82m), Edu Marangon (Raí, 82m) e Mirandinha; Valdo e Muller. O golo seria marcado por Mirandinha aos 36m, logo depois do golo de Lineker aos 35m. Destaque nesta equipa para Carlos Alberto Silva que viria a treinar o Porto e o Santa Clara, Geraldão que jogaria no Porto, Valdo que jogaria no Benfica e 3 futuros jogadores do Sporting: Ricardo Rocha, Douglas e Silas. Referir que em 1986, Ricardo ganhou a bola de prata brasileira atribuída pela revista Placar.




Em 1988, estávamos em pleno reinado de Jorge Gonçalves que construiu uma excelente equipa, mas sem pagar ordenados, o que é bastante engraçado. Essa história todos sabemos como acaba. No mercado de Inverno, chega Ricardo Rocha para reforçar a defesa leonina. Contudo, acaba por nunca jogar com Pedro Rocha, sendo preciso chegar o primeiro jogo de Vítor Damas à frente da equipa para que Ricardo se estreie. Foi no jogo a contar para a 24ª jornada do Campeonato, em Alvalade, com o Sporting a golear o Nacional (4-0), com golos de Paulinho Cascavel aos 11m, 76m e 90m e de Forbs aos 56m. Nesse dia, o Sporting alinhou com: Vital; João Luís Barbosa, Ricardo Rocha (Jorge Portela, 81m), Morato e Fernando Mendes; Carlos Manuel, Oceano e Douglas; Forbs, Paulinho Cascavel e Jorge Plácido (José Lima, 72m).
Jogaria um total de 10 jogos no Campeonato e 2 na Taça com 1 golo marcado. Foi na 35ª jornada, na vitória em Alvalade por 1-0 frente ao Farense, aos 80m. Manuel José fez alinhar a seguinte equipa: Vital; João Luís Barbosa, Miguel, Ricardo Rocha e Oceano; Douglas (Litos, 70m), Carlos Manuel e Silas; Forbs, Paulinho Cascavel e José Lima (João Luís Esteves, 45m). Iria despedir-se na Luz com uma derrota (2-0).




Supostamente, no final do empréstimo iria rumar a Madrid, mas afinal foi para o São Paulo, onde em 3 anos fez uma quantidade apreciável de jogos, vencendo um Estadual e um Campeonato Brasileiro. Foi ainda galardoado com a Bola de Prata da Revista Placar por 2 vezes e foi convocado para o Mundial de 1990 e Copa América de 1991.Finalmente, em 1991, ruma a Madrid para jogar no Real Madrid. Ganha apenas uma Taça e uma Supertaça, mas impressiona. Na primeira época joga em 36 jogos e na segunda joga em 31.


Regressa ao Brasil para ganhar mais uma Bola de Prata em 1993, ao serviço do Santos. Jogou 15 jogos de Julho a Novembro.
Na época seguinte, vai para o Vasco da Gama onde vence um Estadual e a Bola de Ouro da Placar. Em 2 anos joga 32 jogos e marca 2 golos, mas o ponto alto da sua carreira seria o Verão de 1994, com a convocatória e vitória no Mundial. Jogou apenas 1 jogo, contra a Rússia, que a selecção venceria por 2-0 com golos de Romário aos 26m e Raí aos 53m. O Brasil alinhou com: Taffarel; Jorginho, Ricardo Rocha (Aldaír, 74m), Márcio Santos e Leonardo; Zinho, Mauro Silva, Dunga (Mazinho, 80m) e Raí; Bebeto e Romário.




Em 1996, vai para o Fluminense para jogar apenas 5 jogos e logo de seguida emigra para a Argentina. No Newell’s Old Boys marcou 5 golos em 36 jogos. A última época da sua carreira foi em 1998, com 1 jogo apenas pelo Flamengo. Depois disso, o Xerife encerrava a carreira.


Carreira

1982: Santo Amaro

1983: Santa Cruz

1984: Santa Cruz

1985: Guarani

1986: Guarani

1987: Guarani

1988/89: Guarani
Sporting

1989: São Paulo

1990: São Paulo

1991/92: São Paulo
Real Madrid

1992/93: Real Madrid
Santos

1994: Vasco da Gama

1995: Vasco da Gama

1996: Fluminense

1997/98: Newell's
Flamengo

Carreira no Sporting*

1988/89: 10;1 / 2;- / -;-
(Desde Janeiro)

*Época: Campeonato (J; G)/ Taça (J;G)/ Europa (J;G)

Avaliação: Craque

3 comentários:

Anónimo disse...

Confesso que nunca o vi jogar, muito menos no Sporting. Mas pela sua carreira (essa sim eu conhecia) e pelo que aqui descreves da sua passagem pelo Sporting, craque, embora neste caso pequenino porque foram muito poucos jogos em Portugal.

Anónimo disse...

A entrevista a ele ainda demorará um pouco a sair, porque ainda faltam 3 jogadores antes, mas talvez o melhor seja dares-me o contacto dele para eu falar pessoalmente com ele. O meu mail é sloml@hotmail.com manda-me o contacto dele. Muito obrigado, abraço.

sloct disse...

Comparo o Ricardo Rocha ao Polga, sempre foi demasiado sobrevalorizado.

Bom sim, mas não tão bom como isso.